Dono e químico do laboratório Hipolabor são soltos

21/04/2011 17:41

 

O dono do laboratório Hipolabor, Ildeu de Oliveira Magalhães, e o químico da empresa, sócio dele, Renato Alves da Silva, foram soltos nesta quinta-feira, 21, às 6h. Eles foram beneficiados por habeas corpus do Tribunal de Justiça. Os dois estavam presos no Ceresp São Cristovão, na Lagoinha, em Belo Horizonte.

Nesta quinta-feira, também foi feito o pedido para o Habeas Corpus da farmacêutica Larissa de Melo Campos Sousa Pereira.

Operação Panaceia

Na última semana, a Hipolabor foi alvo de uma operação policial que investigava um esquema de fraude, sonegação fiscal e falsificação de remédios envolvendo a empresa. Foi montada uma força-tarefa encabeçada pelo Ministério Público estadual, com participação de policiais militares e civis de Minas, e agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O hipolabor responde a processos pela morte de duas pessoas e problemas sérios de saúde em pacientes de três estados.
 

O dono da empresa, Ildeu de Oliveira Magalhães, e o  químico Renato Alves da Silva foram presos e levados a depor nesta terça-feira, 19, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do estado, mas preferiram o silêncio. A farmacêutica Larissa Pereira também foi presa.

 

Medicamentos proibidos

Foram publicadas na edição desta terça-feira, 19, do Diário Oficial “Minas Gerais” as proibições de produção e comercialização de 15 medicamentos produzidos pela empresa Hipolabor Farmacêutica Ltda. A lista de remédios proibidos ainda pode aumentar, já que a empresa é alvo de uma nova vistoria dos órgãos reguladores.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas, com base em laudos de análises feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram barrados os seguintes remédios da Hipolabor: Cloridrato de lidocaína 2%, Cloridrato de metoclopramida, Dipirona sódica, Maleato de enalapril e Sulfato de amicacina em todas as suas concentrações e apresentações. Por não haver autorização da Anvisa, a Hipolabor foi proibida também de produzir e vender os Carbonato de Lítio, Citrato de Fentanila, Cloridrato de Naloxona, Clonazepam, Cloridrato de Fluoxetina, Cloridrato de Tramadol, Cloridrato de Midazolam, Diazepam, Fenitoína Sódica e Valproato de sódio em todas as suas concentrações e apresentações.

Entenda o caso

Novembro de 2009
Ministério Público de Minas Gerais (MPE) inicia investigação de denúncias de adulteração em medicamentos da Hipolabor.

12 de abril
Força-tarefa formada pelo MPE, Receita Estadual, Ministério da Justiça, polícias Civil e Militar e Anvisa deflagra Operação Panaceia para desmonte do esquema de adulteração da Hipolabor.

São presos o presidente do laboratório, Ildeu de Oliveira Magalhães, e o químico Renato Alves da Silva, acusados de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de cartel para fraude em licitações e adulteração de medicamentos.

Farmacêutica Larissa Pereira também é presa.

13 de abril
Mulher e dois filhos de Ildeu prestam depoimento ao Ministério Público.

MPE pede à Vigilância Sanitária Estadual para fazer inspeção no depósito do laboratório Hipolabor, no Bairro Aarão Reis.

14 de abril
Inspeção no laboratório da empresa constata irregularidades.

Farmacêutica Larissa Pereira é ouvida no Ministério Público.

A Hipolabor Farmacêutica é interditada a pedido do Ministério Público.

15 de abril
Secretaria Estadual de Saúde (SES) anuncia suspensão das vendas dos medicamentos da Hipolabor por 90 dias, para que sejam feitas análises dos produtos.

Depósito da empresa é interditado por falta de licença para funcionamento e do alvará especial para estocagem de medicamentos controlados.

16 de abril
Secretaria Estadual de Saúde (SES) recua da decisão e libera venda e consumo dos medicamentos da marca Hipolabor

Fonte: UAI

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