Nível de endividamento do belo-horizontino fica em 48,5% em abril

02/05/2013 14:36

Cálculo leva em conta tanto o débito em atraso quanto o compromisso financeiro parcelado.

 

Os níveis de endividamento e inadimplência do belo-horizontino caíram em abril em relação a março. O número de consumidores com algum compromisso financeiro parcelado, passou para 48,5% contra 51%, menor índice em 2013. No mesmo período de 2012 o registro era de 72,9%. Nos últimos seis anos, o mês de abril de 2013 só não é menor que o período que compreende maio a agosto de 2008, que na época registrou entre 41,4% e 45,5%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). A pesquisa ouviu 400 pessoas no período de 22 a 25 de abril.

Já a taxa de inadimplência – dívidas com mais de 90 dias em atraso – passou a ser de 3,3% em abril, frente a 4,8% no mês anterior, o menor índice desde 2008.

Cartão de crédito

O chamado dinheiro de plástico continua sendo o vilão das dívidas do consumidor belo-horizontino. Em abril, o endividamento no cartão de crédito correspondeu a 58% do endividamento, maior que os 52% registrados em março. No mesmo período de 2012, essa participação correspondia a 55,6%. O financiamento de veículos também subiu (11,5% frente a 6,6%). Já os carnês de lojas, cartões de lojas, cheques pré-datados e empréstimos familiares recuaram, fazendo o índice geral de endividamento cair. Além disso, 59,7% dos entrevistados estão com até 30% da renda familiar futura comprometida.


Conforme explica o economista da Fecomércio MG Gabriel de Andrade Ivo, esse índice é considerado uma margem de segurança do endividamento em relação à renda familiar. “É uma tendência que aponta a administração da dívida. Em um médio prazo e, com a quitação de compromissos financeiros, o consumidor brasileiro tende a diminuir a taxa de endividamento”.

O número de consumidores com contas em atraso em Belo Horizonte apresentou recuo. No mês de abril, esse índice correspondeu a 15,4% ante a 18,9% em março. Desse total, 13,3% dos entrevistados têm atrasos de menos de 30 dias. Os consumidores que têm contas em atraso entre 30 a 90 dias representam 43,3%. Já os que possuem algum compromisso financeiro em atraso acima de 91 dias representaram 43,3% do total. Os motivos principais para o atraso são o descontrole e falta de planejamento, segundo a pesquisa.

EM

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