PMs e Bombeiros fazem carreata para a retomada das negociações com o Governo do Distrito Federal

Policiais militares e bombeiros fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (6/6) reivindicando o retorno das conversas com o Governo do Distrito Federal (GDF) para as melhorias nas condições de trabalho. Os policiais militares e bombeiros fizeram uma carreata com cerca 250 pessoas, segundo a PM. Eles saíram do Estádio Nacional de Brasília, em direção a Câmara Legislativa, e continuaram o protesto com um carro de som em frente ao orgão público.

Os militares querem que o governo retome as negociações com a categoria para reestruturação da carreira e antecipação das parcelas na gratificação do risco de vida. Os manifestantes reclamam que o GDF chegou a marcar duas reuniões com o Ministério do Planejamento para discutir a pauta de reivindicações, mas ambas foram desmarcadas.

No entanto, foi marcada uma reunião para a próxima segunda-feira (11/6) entre governo e Ministério do Planejamento. Também haverá uma assembleia logo depois da reunião para a retomada da Operação Legalidade caso não seja entregue um proposta concreta, informa o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros, Sargento Manuel Sansão. A Legalidade é uma nova versão da Operação Tartaruga, que atende aos chamados da população com lentidão.

O GDF esclareceu em nota que, por meio da Secretaria de Administração Pública, continua dialogando com a categoria e dando continuidade às negociações junto ao governo federal. 

Ainda segundo o GDF, não será aceito nenhum movimento que prejudique ou ponha em risco a segurança da população de Brasília.

Greve

No dia 15 de fevereiro deste ano, praças (policiais de patentes mais baixas) da PMDF e do Corpo de Bombeiros do DF (CBDF) aprovaram o início de uma operação padrão (tartaruga) e de estado de greve. Os militares cobravam, entre outros pontos, reestruturação da carreira e equiparação salarial com a Polícia Civil. O principal sentido da operação tartaruga é atrasar os serviços de segurança pública. As principais medidas anunciadas são cobrar a presença de uma viatura da Polícia Civil no local do crime de cada ocorrência atendida e fazer com que os carros da PM só se desloquem conforme a velocidade permitida na via (independente da gravidade da ocorrência). Além disso, todas as autuações de trânsito que eram feitas pelos militares ficaram suspensas.

Correio Braziliense