Nova lei de cotas será aplicada em vestibular de federais deste ano

Nova lei de cotas será aplicada em vestibular de federais deste ano

Os vestibulares nas 59 universidades federais do país no final deste ano já deverão prever a reserva de vagas para alunos do ensino médio da rede pública de ensino.

A seleção de candidatos para ingresso no primeiro semestre de 2013 deverá considerar a reserva de ao menos 12,5% do total de vagas da instituição para estudantes da rede pública.

A decisão será confirmada em decreto da presidente Dilma Rousseff, que pode ser publicado já na próxima semana. O documento vai regulamentar a lei, sancionada há dois meses, que definiu regras nacionais para reserva de vagas em universidades federais.

De acordo com a proposta, metade de todas as vagas devem ser reservadas a alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública.

A lei definiu que todas as universidades deverão adotar a medida na íntegra em até quatro anos, mas houve questionamento por parte das universidades sobre o início desse processo: se a reserva deveria ocorrer já nos vestibulares do final deste ano, ou somente em 2013.

O Ministério da Educação comunicou aos reitores, em reunião ontem (3), que a regra deverá valer em 2012.

HISTÓRICO

A lei determina que as universidades federais reservem metade de todas as suas vagas para alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública.

Paralelamente, esses estudantes devem ser negros, pardos ou índios. A divisão entre as raças irá considerar o tamanho de cada uma dessas populações segundo o último censo do IBGE.

Caso as cotas não sejam preenchidas por alunos com esse perfil, serão ocupadas por estudantes brancos e amarelos que cursaram o ensino médio nas escolas públicas. Do total de vagas reservadas, 25% serão destinadas a alunos carentes, que tenham renda familiar de até um salário mínimo e meio.

O decreto da Presidência definirá também o que as universidades devem exigir para a comprovação de baixa renda desses candidatos. Esse tema é alvo de preocupação dos reitores, que temem o uso de documentos falsos pelos candidatos para ter acesso à cota.